Uma semelhança da operação crítica em Badiou e Arantes?
Curioso que Badiou escreve sobre o fascismo de batata nos anos 70. Mesma época que o Arantes começa a criticar certos elementos da tradição francesa. Claro, dá pra reduzir isso a um “marxismo dogmático”, mas aí melhor nem ler os textos pra não se decepcionar.
E acho que é interessante que isso não passa sem um aproveitamento das ferramentas que foram gestadas nesse “museu”, porque a questão não é sobre isso. Tanto Arantes (hiper-foucaultiano recentemente) e Badiou (que dialoga d+ com Deleuze) não descartam o que se elaborou ali.
Nessas horas estudar Platão dá uma boa distância, pois é inevitável que sendo um dos pensamentos mais potentes é também das fontes de inúmeras legitimações (basta ver a visita ao museu ideológico helênico pelo Karatani no Isonomia).
Acho meio bad vibes que um livro [Formação e desconstrução] que é infelizmente apenas uma recolha de artigos do final dos 80 e início dos anos 90 só consiga ser recebido como “ai esse cara chato tá atacando nossos autores!!”. Acho bad vibes pois não se precisa ler, claro. Mas fecham-se de antemão vias.