Sobre a ingenuidade metafilosófica dos filósofos metropolitanos
Amo demais acompanhar de longe as reflexões metafilosóficas dos companheiros do mundo anglo. Parecem notícias chegadas de uma terra estrangeira muito distante, com costumes bastante diferentes e valores totalmente estranhos.
E sempre uma delícia acompanhar esse ar pseudo-humilde que busca ao mesmo tempo sistematizar a instituição filosófica global (e totalmente ignorante para o que acontece fora da academia anglo) enquanto discute tudo em termos de “pitaco” que são apenas impressões.
Mas assim, quem sou eu pra falar qualquer coisa também! Já que o meu interesse pelo que acontece na academia aqui diminui a cada dia (não por certos trabalhos individuais, que acompanho, mas por um certo campo, um certo conjunto de hábitos, de formas de socialização e interação).
O que me salva é que felizmente não acredito que a filosofia que acontece nas universidades é mais que um pentelhésimo do que a atividade filosófica pode e é (como também a minha própria participação na atividade é também um pentelhésimo do campo total possível, graças a deus).