Uma defesa das fronteiras disciplinares
Ainda que esteja fora de moda, o Badiou satisfaz meu interesse por preservar frotneiras disciplinares. O que não significa que não haja interações, traições, contrabandos etc. Significa que há campos de sentido com constituições e regras distintas. (ou seja, preserva diferenças).
E acho que tem um elemento perigoso aqui que talvez seja minha posição polêmica. Se você atravessou a fronteira de modo ilegal e conseguiu fazer o contrabando sem ser notado, ótimo. É uma vitória da potência sofística da plasticidade do discurso. (Górgias canta nessa hora).
Mas se você for pego, se algum vigia perceber isso, a minha posição é que o invasor tem todo o direito de ser descascado. Caso contrário se torna uma brincadeira irresponsável, sem risco e sem perigo pra quem quer transitar entee espaços. Ou você aprende o espaço ou o engana.
O que não aceito é quando se entra no espaço sem conhecer as regras ou se disfarçar adequadamente e quando se é flagrado fica choramingando. Acho que isso é um desrespeito aos esforços de constituição dos campos disciplinares (respeito que o sofista tem ao aceitar se disfarçar).