Um caminho para estudar a relação entre Deleuze e Badiou
Como isso não vai acontecer tão cedo vou desovar aqui uma ideia (que tava matutando com o @gtupinamba ) e que alguma boa alma pode pesquisar: Entender a relação entre Deleuze e Badiou do ponto de vista inverso. Não ver como Deleuze afetou Badiou, mas como este influenciou aquele.
Se a gente leva a sério o relato de Badiou sobre a reaproximação pessoal que eles tem nos anos 80 (e que passa por uma refamiliarização das obras de um e do outro) e que eles estavam discutindo o problema da multiplicidade entre eles, me parece que há algo a ser investigado.
O caminho que eu faria seria voltar pros capítulos 4 e 5 do Diferença e Repetição (onde Deleuze respectivamente define o que é a diferença e descreve o processo que constrói identidades) e comparar com a relação entre conceito, multiplicidade e acontecimento em “O que é a filosofia?”.
Verificando uma possível divergência (e acredito que há, como há divergências e ajustes ao longo de toda a obra de Deleuze, apesar de ela ser repetitiva), caberia uma análise do Ser e Evento e também — como intermediário — uma leitura de A Dobra e da resenha de Badiou do livro.