September 2, 2019

Sobre retomar aqueles escritores que amamos

Eu queria escrever um texto sobre a relação que temos com os autores que lemos. Não sei exatamente como escrever, mas a ideia passa um pouco pela tentativa de entender o que significa recortar certas ideias para apresentá-las como algo que nos interessa.

Sempre fico pensando nessa coisa esquisita que é esse hábito de retomar o que outros disseram para falar algo que nós gostaríamos de dizer mas que não é exatamente o que o autor disse. A gente toma o cuidado de reconstruir certas ideias, explicá-las, mas o que se faz com isso?

O que me lembra também o negativo desse gesto, que é a recusa de um autor por completo por uma incapacidade dele convergir no que consideramos essencial e que acaba previnindo de antemão o uso desse autor (como se houvesse uma bagagem que acompanhasse esse uso)


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A periferização da produção filosófica Recuperar o caráter periférico da filosofia, como o Karatani faz no Isonomia, parece um esforço interessante. Não é nada de novo ou original, mas o
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Sobre o conceito-objeto Durante a irritação com o livro-objeto da n-1 lembrei de uma passagem do Mênon muito boa. Nela o Sócrates dá dois exemplos de definição. Uma