Sobre retomar aqueles escritores que amamos
Eu queria escrever um texto sobre a relação que temos com os autores que lemos. Não sei exatamente como escrever, mas a ideia passa um pouco pela tentativa de entender o que significa recortar certas ideias para apresentá-las como algo que nos interessa.
Sempre fico pensando nessa coisa esquisita que é esse hábito de retomar o que outros disseram para falar algo que nós gostaríamos de dizer mas que não é exatamente o que o autor disse. A gente toma o cuidado de reconstruir certas ideias, explicá-las, mas o que se faz com isso?
O que me lembra também o negativo desse gesto, que é a recusa de um autor por completo por uma incapacidade dele convergir no que consideramos essencial e que acaba previnindo de antemão o uso desse autor (como se houvesse uma bagagem que acompanhasse esse uso)