A periferização da produção filosófica
Recuperar o caráter periférico da filosofia, como o Karatani faz no Isonomia, parece um esforço interessante. Não é nada de novo ou original, mas o trabalho de reler a história da filosofia com isso em mente pode gerar efeitos interessantes.
Um adendo esquisito e não tão pensado: acho que o que me incomoda em parte da filosofia contemporânea que eu frequento é uma tendência a anular essa distância essencial. Como naquela feita na metrópole (que se autovalida ao naturalizar-se como local da fillsofia).
Acho que isso é um risco presente em filosofias que vem viralizando aqui. O risco de fetichizar e tomar a periferia como novo centro é algo que deve ser ativamente combatido pelo risco de apagar essa distância. É bom preservar essa potência da filosofia “contra o centro”.