October 11, 2019

Sobre os jargões da geração de 68

Eu acho que é muito difícil fugir do jargão em certas ocasiões. E é preciso muito resistir à ideia de que as coisas podem ser comunicadas todas numa linguagem neutra e pasteurizada, mas esse apego e fetiche com nomes só aprofunda o fosso entre conceitos e sua eficácia.

O Maniglier fala algo interessante, no seu livro de entrevistas, sobre a linguagem da geração 68. Ele fala sobre como a geração dele é muito mais conservadora” estilisticamente, menos piruetas e o escambau. Ele explica isso pelos contextos políticos e exigências de cada época.

Eu concordo em parte com ele. Não no sentido de justificar o estilo da geração 68 (que também é muito mais plural e inteligível do que geralmente se diz sobre eles), mas no sentido que, nesse momento ao menos, se perder em um deslumbramento de um nome mais prejudica que ajuda.


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Sobre a linguagem imagética de Carson Eu tou lendo um ensaio da Carson (http://artandcrap.com/ensayos/anne-carson-variations-on-the-right-to-remain-silent/…) e acho que talvez seja
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O fetiche da informação na filosofia Duas coisas que eu acho que são muito difíceis de evitar nas faculdades de humana (e de filosofia) - e falo isso como alguém que está o tempo