Sobre a história da filosofia fiel
Uma coisa que eu acho fascinante na história da filosofia é que só num momento muito recente que ficou relevante para os esforços historiográficos “recuperar o contexto” ou “entender a filosofia sem introjetar nela suas posições”.
Claro que vai haver um esforço de fidelidade, de restituir a verdade do autor em outros momentos. Mas me parece que só a partir do século XX (eu dataria inclusive depois da segunda guerra mundial) é que esse esforço de restituição ocorre no nível da compreensão do contextual.
Já fui mais noiado com isso. Hoje em dia acho que é um esforço justo se a gente não cai no erro de achar que é a única forma de tratar um texto. Levando ao limite, só poderíamos falar um texto se fôssemos capazes de nos tornarmos o autor (falando sua língua, habitando seu tempo).