A tese como espaço confuso de problemas
O lado positivo da minha tese (que é um texto terrivelmente confuso, desconectado, disforme, irregular [com bons insights aqui e ali, admito]) é que de alguma forma consegui nela trazer pra superfície todas as minhas obsessões (ainda que geralmente com as ferramentas erradas).
Volta e meia vejo as coisas que tou trabalhando, e acho que de alguma forma conecta com os problemas que estava tentando elaborar ali. Acho que tem uma imaturidade inevitável ali (pela idade que fiz aquilo, pela minha molequice e por uma arrogância besta), mas serviu pra algo!
Não recomendaria ninguém ler minha tese, não acho que é um trabalho acabado (e nisso invejo demais o trabalho de alguns colegas), mas conseguir retornar pros problemas que tentei levantar naquela texto tem me deixado mais tranquilo com seus defeitos.
Inclusive tem também me feito entender que meu percurso não é tão “volúvel” quanto sempre imaginei (volúvel talvez para uma institucionalidade em que meus problemas talvez não façam muito sentido), que tem um percurso bem firme, consistente que segue retornando.
E claro, acho que ter escrito um memorial no final do ano passado ajudou a ter uma clareza sobre esse processo como nunca tive. Não acho que consegui transmitir essa clareza pra banca na época, mas consegui me dar por convencido de que as minhas obsessões pontuais tem uma ordem.