Sobre a alma que rememora no Mênon
O louco do Mênon é que o Sócrates não se satisfaz em dizer que temos conteúdos inatos. O que ele diz (em 86a) é mais complicado, ele fala “não é por todo sempre que sua alma será [uma alma] que [já] tinha aprendido.”
Isso é muito doido. A alma, antes de ser humana, já tinha aprendido, embora, ao mesmo tempo, não se possa pontuar um ponto de aprendizado com risco de recair no paradoxo. É como se a alma não tivesse o conhecimento inato, mas estivesse perpetuamente nesse estado de “ter aprendido”.