Pesquisa e amizade
Penso muito na importância da “philia” (amizade) para a construção de pesquisas. Eu diria que inclusive uma das coisas mais pé-no-saco da profissionalização na filosofia é que como o qeu passa a articular os pesquisadores é o mercado de trabalho, a especialização se torna norma.
As pessoas passam a se associar por serem da mesma área, por trabalharem o mesmo campo. E ainda que isso possa ter utilidade pra várias áreas (e mesmo pra filosofia) quando se torna a forma predominante de pesquisa acho que se perde (de novo da filosofia) os atravessamentos.
Quando o que pauta um grupo de pesquisa são os afetos, a amizade, o interesse (claro, estou idealizando) sinto que há uma maior diponibilidade para se deixar ser afetado pelo tema do outro, o que é uma forma de sair de si. Talvez esteja sendo cafona. Bem, que seja.