Pensar como reagir
Uma ideia que eu tenho pensado ultimamente é que 90% das vezes pensar é reagir a um livro/texto (ou a uma fala, mas que dado as condições da academia contemporânea é feita em moldes de texto e não, por exemplo, de uma conversa). Eu não acho isso um problema em si.
Na verdade o que me interessa é: o que significa dizer que pensar é reagir a um texto (e assim por diante). Será que isso permite a gente traçar novas demarcações sobre o ato de pensar (dependendo do tipo de texto que se lê, por exemplo)?
Eu tenho pensado muito nisso pra refletir sobre algumas frustrações que eu tenho na academia. Sobre o que as pessoas falam quando elas dizem que estão fazendo filosofia e quando dizem que outras pessoas não estão fazendo. Normalmente acho tudo uma loucura pois todas estão lendo.
Não acho um problema. Mas tenho pensado que talvez fazer distinções dessa ordem, à respeito dos tipos de leitura (historiográfica, exegética, comparativa, criativa, polêmica, crítica, etc) talvez seja uma forma melhor de avaliar e compreender os tipos de filosofia que fazemos.