Certas auto-limitações na produção filosófica
Um limite (oulipiano/pereciano?) que estabeleço pra mim mesmo é pensar questões de conjuntura sem usar palavras da moda (independente da força analítica) como “neoliberalismo” e também evitar a todo custo referenciar eventos de notícia (“eleições 2022”) ou “teóricos do momento”.
Gostaria de dizer que são procedimentos como os da OULIPO, mas acredito que essas limitações arbitrárias devem refletir mais birras pessoais e um desejo de ser diferentão do que qualquer vantagem analítica.
Claro que mesmo com consciência da fonte birrenta eu tenho um senso de amor-próprio e acredito que esse procedimento me ajuda a tornar as coisas mais interessantes (nem que seja pra mim mesmo) e me permite também sair um pouco da zona de conforto.