Os efeitos da minha conversão platônica
Acho engraçado quando penso que de fato a leitura do Platão foi uma espécie de conversão pra mim em que tem um antes e um depois. Antes disso eu de certa forma tomava como doutrina/meta o materialismo do Lucrécio (ainda que as justificativas ali sejam meio toscas).
Hoje em dia eu acho que se manter restrito ao âmbito das “linguagens” e “corpos” (cf. Introdução do Lógica dos Mundos do Badiou em que se discute o materialismo democrático) é deixar de fora aspectos importantes (até com implicações políticas conservadoras).
Essa conversão também parece explicar um desvio em alguns autores que me interessam. No lugar de Foucault e Deleuze, Rancière e Badiou tem parecido mais interessantes e férteis (pros problemas que me interessam). Mesmo Espinosa tem ganhado outra feição nesse processo.