September 14, 2021

O reformismo conceitual”

Cansativo ser um pacifista teórico (“reformista conceitual”?). Fico sempre querendo conciliar” posições e costumo desgostar de pessoas que conversam de maneira adversarial (que sempre começam conversas a partir de oposições ou querendo demarcar sua distância).

feliz ou infelizmente a tendência que eu tenho é de concordar com qualquer pessoa que fala comigo (desde que a pessoa chegue de boa fé). Isso eu acho no geral bom, já que ajuda bastante a deslocar minha perspectiva e ajuda a ser um pouco menos bitolado.

Claro que não é um concordar vazio”. Acho que é um esforço positivo mesmo de tentar entender os caminhos que me permitiriam concordar com essa pessoa sem também abrir mão de qualquer coisa que pense ou tenha construído antes. Me parece um exercício bom no geral.

Por outro lado se a pessoa é opositiva demais essa tendência e esse exercício acaba me deixando frustrado, já que acho que esse gesto em parte tem a ver com uma aposta de que a outra pessoa também vai de alguma maneira se sentir mais a vontade para ela também se deslocar.

Nesses casos fico apenas sentindo que meu tempo foi gasto. Isso também sinto quando a coisa é muito unilateral. Momentos em que vou conversar com alguém e sinto que funciono como um anteparo qualquer, que não faz a menor diferença se sou eu ou outra pessoa escutando ali.


Previous post
A crise global da filosofia universitária os caras nos eua tendo que fazer projeto de lei pra obrigar universidades a terem posições a maioria dos profs como vagas fixas e é pra acreditarmos
Next post
O papel institucional da literatura secundária em filosofia Eu tenho a impressão de que o maior golpe na filosofia (pirâmide) é esse desenho institucional que constrange pesquisadores mais novos a citarem