October 20, 2019

O peso do mercado editorial na hora de pautar questões em humanas

Vou falar algo que tem um camplo de aplicação muito restrito, mas acho que nós (que lidamos com questões de filosofia, crítica e humanidades) somos muito reféns do mercado editorial na hora de pautar certas questões. É muito difícil não se determinar pelos lançamentos.

Por um lado eu entendo, afinal, muita coisa não é traduzida, demora, então quando chega a coisa acaba ganhando mais leitores. Por outro, a gente acaba tendendo a esquecer aquilo que está disponível mas não circula hoje no campo publicitário editorial.

É como se certos circuitos estimulassem a formação de modismos que em boa parte do tempo acabam funcionando como espaços de trocas entre significantes que apenas marcam” quem emite esses nomes como alguém contemporâneo.

Nem sei se consegui me exprimir direito e também não tenho qualquer solução. Mas fico com forte impressão que a difusão de conceitos” (neologismos ou nomes reutilizados) dificulta o real esforço de comunicação ao fingir uma camada de troca em comum a partir dos jargões da moda.


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