O mito da homogenidade do romance burguês
Uma impressão que eu gostaria um dia de pesquisar de verdade é que aquilo que chamam de romance burguês é mais um mito do que uma forma estável. Mais uma maneira de inteligibilizar rapidamente (e economicamente) uma forma bem experimental e variada que uma realidade de fato.
E a razão que eu acho isso importante é que pelo menos daria um fim a essa interminável ladainha de “o fim do romance está próximo”.
É claro que pode existir exemplos que a gente poderia identificar com o que se chama de romance burguês tradicional. Mas o que acho é que o que se encaixa nisso são menos do que imaginamos (e estariam longe de constituir uma totalidade homogenizante).