May 27, 2020

O amor platônico como transmissão

206b-209e do Banquete é absolutamente uma doidera dificílima de compreender mas absolutamente central. Eu tenho muita dificuldade, é muito opaco, mas parece que o que tá em jogo é a própria realidade como uma dinâmica de perpetuação a partir da aparição do novo.

O amor é a transmissão do bem e do belo; ao mesmo tempo é a forma do mortal participar da imortalidade; o zelo com seus rebentos (suas obras) é motivado por esse desejo de imortalidade. Mas se amor é a carência, o desejo de ter consigo (sempre) o belo, isto é feito pela atenção?

Você lê O Banquete, faz um puta esforço de valorizar cada discurso, de achar coisas incríveis, de perceber que todos eles tem seu valor, todos são fodas. Mas aí chega o discurso da Diotima.


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Circuitos locais de saber Uma coisa que eu acabo pensando sempre — mas com frequência aparece marginalmente, meio que um resíduo que aparece de algumas reflexões — é que a
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Como compreender a “ascenção do amor” em O Banquete? Uma das questões pra mim ao ler O Banquete é tentar entender como a “ascenção do amor” que a Diotima descreve não precisa ser entendida como um 1)