O amor platônico como transmissão
206b-209e do Banquete é absolutamente uma doidera dificílima de compreender mas absolutamente central. Eu tenho muita dificuldade, é muito opaco, mas parece que o que tá em jogo é a própria realidade como uma dinâmica de perpetuação a partir da aparição do novo.
O amor é a transmissão do bem e do belo; ao mesmo tempo é a forma do mortal participar da imortalidade; o zelo com seus rebentos (suas obras) é motivado por esse desejo de imortalidade. Mas se amor é a carência, o desejo de ter consigo (sempre) o belo, isto é feito pela atenção?
Você lê O Banquete, faz um puta esforço de valorizar cada discurso, de achar coisas incríveis, de perceber que todos eles tem seu valor, todos são fodas. Mas aí chega o discurso da Diotima.