Notas sobre aprender a escrever
Voltei a me reanimar com o projeto que precisava escrever pro concurso da UFRRJ. Pena que eu preciso escrever cerca de *faz as contas* 50k caracteres até voltar a tocar nesse projeto.
Uma coisa dá pra dizer. Eu tive que escrever tanta coisa depois da tese (nem tudo foi publicado, o mínimo na verdade), muita coisa pra concurso, pontos que jamais foram usados, que acho que nesse processo consegui ir me livrando de algumas procedimentos que me irritavam na tese.
(fui checar) a tese te 848k caracteres kkkkkkkkk
Pra quem tem neura de escrever pouco. Eu não escrevia quase nada na graduação (sempre me senti mal com isso). Sofri pra escrever 20 páginas na minha monografia. Depois na minha dissertação eu até escrevi bastante (umas 140/150), mas eu era muito econômico, não escrevi nada além.
Na tese eu desembestei (mas usando o procedimento tosco e cansativo de quem nunca teve pratica com escrita: bloco de texto + comentários over and over. pena da minha banca). Fiquei muito mal com isso (sobretudo quando tava terminando a tese).
Depois da tese (a partir do início de 2018), por conta de concursos e de mil projetos eu acabei escrevendo muita coisa que nunca foi publicado mas que acabava me obrigando a escrever num formato menos citacional. Comi o pão que o diabo amassou mas de certa forma foi libertador.
Não recomendo a ninguém, foram três anos infernais (ainda estão meio complicados), mas o único lado positivo é que me fez largar um pouco aquela postura citacional (que era muito de alguém perdido) e também parei de neurotizar com escrever textos que não vão ter destino.
Há ainda algo a se dizer sobre como escrever no twitter também contaminou o jeito que eu escrevo, mas aí é outra história.