Literatura e a questão do verdadeiro
Uma coisa que percebo nos escritores recentes que amo (Cusk, Carson, Murnane — por que não em menor capacidade Ben Lerner e Teju Cole também) é uma apreciação pela verdade ou pelo verdadeiro. Não aparece expicitamente em nenhum deles esse termo salvo na Cusk, mas me parece lá.
É algo semelhante que encontro no Sebald também (embora nele e no Murnane apareça como “precisão”). Na Carson aparece como uma fidelidade ao pensamento e no Lerner e Cole sinto que vem a partir de um cuidado de mapear as coisas e as estruturas. Mas na Cusk a coisa é translúcida.
O que significa que não é uma transparência, mas uma leitura que está preocupada em justamente recuperar a verdade que resta e que não parece sempre conseguir atravessar o que se comunica (?). Talvez esteja especulando. Mas li agora um capítulo do Second Place que foi um absurdo.