História da filosofia como anti-modismo
Acho que uma das virtudes da história da filosofia (enquanto procedimento) é funcionar como uma espécie de força anti-moda. Uma leitura desapaixonada dos autores que permite que eles sejam acessados para além do seu valor na bolsa de valores dos buzzwords filosóficos.
É por isso que acho que tem um fundo de valor o diagnóstico uspiano de que a filosofia no Brasil era muito refém de modismos, um ecletismo vazio (ainda que a solução seja complicada). Parece ser um pouco do que vemos por aí: afã de apagar certos nomes por usarem termos “errados”.