Hipóteses prévias à leitura do livro “Le triple du plaisir” de Jean-Claude Milner
Hipóteses antes da leitura desse livro. O livro aparentemente trata das relações entre prazer, amor e sexo a partir da antiguidade grega. O que eu tou pensando é que essa relação tripla talvez possa ser mapeada na distinção entre finitude, infinitude e irrupção que esbocei antes.
No caso o amor diria respeito ao elemento infinito. Ele não é algo que se esgota, ele não teria propriamente um objeto delimitado (pelo contrário, ele seria a própria ilimitação que aparece na medida em que fronteiras são rompidas). Também não faz sentido falar de duração dele.
O prazer seria um elemento finito. Algo que dura, que é positivamente determinável (ainda que nem sempre de modo preciso). Ele é também algo que acontece com/nos nossos corpos. É, portanto, talvez, a finitização do amor. Ou, o que acontece com o amor quando atualiza?
Por fim o sexo seria justamente a irrupção, o evento, o corte, que marca a dialética entre finitude e infinitude. Esse é o ponto em que, confesso, tenho menos clareza. Falta também entender melhor as dinâmicas do infinito-finito (incipit Badiouanismo).