Dois tipos de circulações ideias no Brasil
Fico com a impressão que o >>sistema de circulação de ideias/reflexões nacional<< oscila entre um pólo hiper centralizado, localizado em algumas publicações de renome, em que o acesso é apenas por indicação (ou um “olheiro” te observa) e um pólo hiper fragmentado, artesanal.
Nesse segundo pólo a gente vê as pessoas que escrevem ralando para criar espaços, sem grana, mas também com uma circulação muito restrita, dependendo muitas vezes de um esforço sobre-humano dos editores (e é onde se vê abertura pra coisas diferentes, geralmente).
É uma coisa muito ruim as distâncias serem tão grandes. Não parece saudável (em termos de circulação de ideias) que as distâncias entre esses dois circuitos sejam tão grandes.