August 31, 2020

Desafios de sistemas de inteligência artificial para o ensino

Um dos concursos que fiz na minha vida pregessa foi pra filosofia da educação na UFABC (e que estranhamente não aprovaram ninguém apesar de ter duas vagas e já ser a segunda vez que o concurso era realizado já que na primeira foi cancelado por suspeita de fraude, dizem).

Mas enfim, fiz esse concurso e tinha que fazer um projeto. Acabei fazendo algo bem mocorongo sobre repensar a atividade docente como historicizante a partir de um ponto de vista que tentasse substituir isso não por qualquer deleuzianismo de quinta, mas por assumir um esgotamento.

O projeto era mocorongo, apesar de eu ainda gostar da ideia. Que não é um gesto voluntarista que tiraria o ensino dessa situação se as condições materiais do pensamento permanenecessem as mesmas. Por isso teria um estudo sobre a gênese dessa historicização da filosofia.

Hoje em dia, porém, acho que tomaria uma via completamente diferente. Eu tou tão tomado pelo que o GPT-3 fez (enquanto ferramenta que imita” pensamento — algumas vezes bem, outras más), que acho que joga um pouco de luz sobre os processos educacionais e sobre aprendizagem.

Com certeza gostaria de pensar algo que estudasse esse tipo de inteligência artificial não por achar que ela vai pensar por nós, mas pelo tanto que ela ilumina em nós que talvez não seja aprendizado ou pensamento. Tb entraria aí uma análise do socratismo, como algo que resiste.


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