As vantagens de não filosofar na metrópole
Mais uma vez pensando nas vantagens e desvantagens de não ter uma tradição filosófica institucionalmente consolidada no país. Por um lado, tradição é uma coisa interessante, uma forma de solidariedade diacrônica. Por outro não há “deferências” filosóficas que é preciso se fazer.
Imagina, você é alemão, você precisa lidar de alguma forma com o legado habermasiano, se você é francês, com o legado estruturalista ou fenomenológico (pra bem ou mal), se você é americano/inglês, com as peripécias da tradição analítica.
Se você é brasileiro você até precisa lidar com questões institucionais (afinal, cada lugar tem sua estrutura, e existe uma estrutura que perpassa que tende a ser historiográfica), mas não parece que se trata de uma “tradição consolidada” em que alguns surgem como inevitáveis.