As referências que escolhemos e não escolhemos
repetindo meu mantra filosófico baixinho: o caminho de reflexão filosófica de alguém não é sobredeterminado de maneira cabal pelas referências que a pessoa escolhe ler ou não ler.
A pessoa que presume que o autor “dela” é “chave” para entender [um problema qualquer] costuma na maior parte das vezes apenas reafirmando sua posição numa cadeia de relações institucionais no “campo da filsofofia”.
Claro que diferentes autores nos põe em contato com diferentes problemas, com diferentes procedimentos e outros pontos de vista (e cada um de uma maneira particular). Mas ir disso para “eis aqui a chave do contemporâneo” me parece um erro grosseiro.
Mas claro, dá pra entender. Todo mundo precisa vender seu peixe. E todo mundo precisa de alguma forma se justificar publicamente sobre ter gasto anos lendo um autor (ou grupo de autores) quando poderia muito bem ter lido simplesmente outras coisas.