As distâncias entre professores universitários e seus estudantes
A gente não fala sucifientemente bem sobre as distâncias entre uma classe de professores estabilizados e uma geração de doutores/doutorandos/mestrandos em situações de precariedade (freelas, contratos temporários ou nada mesmo). Acho que tem muita chance de dar atrito (já dá).
Acho que é importante até para que não haja mais fissuras, para que a defesa do campo acadêmico como um todo. Infelizmente o que vejo é a construção de ressentimento de ambos os lados, cada vez mais insensíveis (e uma insensibilidade que pesa demais do lado dos precarizados).
É fácil haver ressentimento, haver raiva. É muito fácil também que nesse momento em que a situação profissional muda (claro, não é a primeira vez que acontece na história, mas é a do momento) que os lados não se entendam. Mas acho que justamente por isso deve-se tentar entender.
E mais do que entender, acho que é preciso que se comece a pensar em formas de generosidade que não sejam “subjetivas” (que não dependam de relações pessoais). É preciso talvez tentar pensar o que seria uma generosidade objetiva entre as gerações (pensando a partir da @irrideo).