Algumas reflexões a sorte na carreira acadêmica a partir de Weber
É verossímil demais (e portanto doloroso) o quanto o Weber põe o sucesso na carreira acadêmica na conta do azar. Tanto no aspecto de arranjar algum emprego estável como de produzir um trabalho efetivamente interessante.
No primeiro caso isso significa que tem gente boa que fica de fora enquanto medíocres conseguem entrar (mas, apesar disso, é preciso resistir à ideia de que ficar de fora é atestado de genialidade sua, pois trata-se, justamente, de acaso).
No segundo que ter boas ideias tem como condição o trabalho e o empenho, mas nada disso garante que as boas ideias virão. E por sua vez, essas ideias nunca vem necessariamente na hora da labuta, são intempestivas, de modo que podem nos fazer crer que não se relacionam a esforços.
É algo até cruel, considerando que o tempo investido não deixa de ter seus momentos mortos e de tédio mas sem qualquer garantia que algum fruto vá aparecer (e muit menos algum fruto que seja rentável e ajude avançar na carreira).