A vulgaridade datada de Barthes
Esses dias eu tava pensando no Barthes. Gostava muito de ler ele ao longo da graduação (inclusive escrevi uma monografia péssima sobre ele), mas sinto que hoje que apesar de lido ele é um pouco esquecido, ignorado? Claro que vejo gente lendo, mas raramente vejo ele sendo “usado”.
A impressão que eu tenho é que por um lado o Barthes nunca esteve jogando o jogo que dominou no pensamento francês. Nunca também tentou dar conta das coisas em termos de adequação. Parece que eram sempre uns experimentos, umas improvisações impressionísticas.
O problema é que diferente de outros pensadores vulgares, como Flusser, parece que os temas do Barthes são temas de um mundo já passado. Um Flusser ainda pode ser tomado como profeta de um mundo por vir. O Barthes fica parecendo apenas um retrato de algo que não existe mais.