September 20, 2020

A destecnicização da filosofia

Hoje acordei pensando no colega Ludwig (pois ontem alguém falou das resenhas que o Hadot fez dele antes de se embrenhar na nóia dos exercícios espirituais).

Lembrei também de um detalhe que o Ray Monk conta na sua (fabulosa) biografia, mas que não sei o quanto é verdade, já que meu conhecimento do Wittgenstein é amador: mas ele fala de uma espécie de simplificação progressiva de algumas críticas que ele fazia ao longo da carreira.

Na verdade pode ser tudo coisa da minha cabeça, mas lembro dele falando que nas discussões do Witt com matemática que as críticas que ele tinha nesse campo elas foram ficando cada vez menos críticas de especialista (no início pareciam ser internas e depois viraram externas?).

Enfim, o que me pescou foi isso, essa des-tecnicização da filosofia. E é algo que tem me atraído, embora não sei como pensar isso abrindo-se mão de uma paixão pela minúcia (pois acho que filosofia é em parte isso: paixão pela minúcia).


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Um teste com a lógica da interpassividade de Pfaller Vou fazer um exercício aqui a partir do que acho que tou entendendo da lógica do Pfaller no “Illusions without owners”. Não tenho nenhuma pretensão
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A ideia platônica no modelo do lacanismo-esloveno O platonismo talvez pode ser pensado como uma percepção de que aquilo que diz mais sobre nós mesmos não é o que está em nós, mas fora de nós. Daí o