A recusa da determinação filosófica
A cada dia que passa eu acho que a precisão na comunicação é um elemento que deveria ser mais cultivado. A realidade equívoca da linguagem não deveria servir como ponto de chegada, mas partida para o problema da comunicação. Por isso gosto dessa anedota do Sebald:
No caso da filosofia, toma-se demais como dado fatal uma certa inesgotabilidade do sentido ou uma incapacidade dar conta de tudo. No mais das vezes o que acabo vendo é uma abdicação de qualquer postura positiva em nome da fetichização dessa totalidade inabarcável.
E nessa horas essa hesitação em dar um sentido positivo para a filosofia acaba sendo apenas outra forma de fragilizar essa prática com a desculpa de livrá-las de dogmatismos. Sem nenhuma delimitação sequer conseguimos fazer nada com essa atividade, ela não é manejável.