January 11, 2019

A recusa da determinação filosófica

A cada dia que passa eu acho que a precisão na comunicação é um elemento que deveria ser mais cultivado. A realidade equívoca da linguagem não deveria servir como ponto de chegada, mas partida para o problema da comunicação. Por isso gosto dessa anedota do Sebald:

o horror para Sebaldo horror para Sebald

No caso da filosofia, toma-se demais como dado fatal uma certa inesgotabilidade do sentido ou uma incapacidade dar conta de tudo. No mais das vezes o que acabo vendo é uma abdicação de qualquer postura positiva em nome da fetichização dessa totalidade inabarcável.

E nessa horas essa hesitação em dar um sentido positivo para a filosofia acaba sendo apenas outra forma de fragilizar essa prática com a desculpa de livrá-las de dogmatismos. Sem nenhuma delimitação sequer conseguimos fazer nada com essa atividade, ela não é manejável.


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Contra a inutilidade da filosofia Hoje em dia uma das coisas que eu mais odeio é essa defesa absoluta da filosofia como algo que “não serve para nada”. Como se fosse um PECADO
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Comentários sobre a definição de filosofia em documentos públicos Com relação ao que comentei há pouco. Olhem esses trechos. O primeiro é dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio/Ciências Humanas e