A filosofia como uma gambiarra (gimmick)
Se a filosofia é procedimento (e não dogma), me parece que é possível pensar esse procedimento em relação às necessidades do capitalismo contemporâneo (ou seja: “sem tempo irmão”). Me pergunto se certas filosofias (Olavo, Karnal, etc) seria uma versão “gimmicky” da filosofia.
O interesse nessa questão não é, porém, apenas falar mal dessas pessoas, mas talvez pensar como na maneira como essas pessoas mobilizam a filosofia como um atalho pra dar sentido à vida (nesse mundo sem sentido), algo sobre a própria estrutura dessa atividade acaba se revelando.
Ao miniaturizar problemas e ansiedades, reduzi-los a ‘eventos textuais’ tratados por ‘grandes filósofos’ (que são miniaturizados na medida em que reduzidos a algumas frasers, algumas ideias chapadas), algo do caráter operacional da filosofia acaba funcionando?