A filosofia como construção de inteligibilidade
Inclusive acho que a graça da filosofia (que a Anne Carson acaba desenvolvendo indiretamente na medida no “Eros, the bittersweet”) é esse esforço de construir um comum, construir uma unidade (ainda que provisória, contingente, não exaustiva) que inteligibilize.
Como diz Platão, divisão (das diferenças que fazem sentido) e coleção (das convergências possíveis) como as atividade que descrever a prática filosófica. Daí fazer sentido os grandes inimigos da filosofia: a dóxa, o relativismo e o autoritarismo. Três formas de impedir o jogo.
A dóxa diz: Isso não vale a pena perguntar, examinar. Pra que perder seu tempo com isso? O relativista diz: nenhuma reunião é possível, tudo é absolutamente distinto, pra que, então, continuar? O autoritário diz: Essas distinções estão estão erradas, o sentido só pode ser esse.