A estranha libertação da filosofia
Eu acho interessante as justificativas que o Paulo Arantes dá para valorizar a disciplina do historiador da filosofia na instituição do campo filosófico nacional. Acho que faz sentido. O problema pra mim são as patologias que decorrem disso.
ois de fato, esse tipo de prática, ancorado em uma herança do kantismo (que ele retraça muito bem em diversos textos) libera os textos filosóficos de construirem um discurso com referências verdadeiras.
O problema é que uma vez liberado do fardo de ter que produzir verdades, a instituição que possibilitou essa liberdade só permite que essa “liberdade” se exerça de uma única maneira: comentando textos de filosofia.
O problema não são os comentários, mas esse ser o caminho dominante possível.