A dignidade do problema do amor
Pegando algumas ideias soltas a partir da Carson, do Kittler, eu diria que falar de amor (no contexto platônico) é dar corpo midiáticos aos problemas do tempo e da comunicação.
Em palavras menos chiques: é a materialização desses problemas (tempo e comunicação) em um certo tipo de acontecimento “corriqueiro” da vida. Talvez por isso esse tipo de evento (o amor) corriqueiro sempre apareça mais complexo do que é, pelo tipo de problemas graúdos que traz.
Me sinto muito tosco por só estar começando a entender a dignidade filosófica do tema do amor agora. Não que não achasse isso algo importante, mas mesmo olhando a história da filosofia sabe-se que essa questão fora Platão, Agostinho, Stendhal etc não fica no primeiro plano.
Agora, finalmente, acho que a coisa faz sentido. E que ela vai justamente no cruzamento do problema da boa vida com a tentativa de compreender a vida.
Eu vou ler o Fedro, vou ler o Banquete depois de terminar o Teeteto. Talvez até retome as discussões sobre prazer e o bem no Filebo, pois de repente Platão faz muito mais sentido.
Agora tá batendo com delay as razões suplementares (extra-leituras) que condicionam também essa compreensão. O que só confirma a ideia que há uma relação intrínseca entre vida, prática e elaboração conceitual.