A assimetria nas relações entre pesquisadores inseridos e os não-inseridos
A Ju me parece bem certeira aqui
Acho que o que me incomoda nisso tudo é que existe um “se virem” por parte da categoria de professores estabelecidos (fora esforços pontuais e por isso mesmo não generalizáveis). Não consigo ver (no meu campo) um interesse real pelas centenas de pós-graduandos sem perspectiva.
Essa ideia de que as pessoas tem que “se virar” é uma coisa muito complicada ainda mais se a gente considera o quanto os professores precisam dos alunos para justificarem seus trabalhos (afinal, sem a entrada de pós-graduandos no sistema como justificar tudo isso?).
Como assim seguir num business as usual quando se tem que ficar arranjando dez mil trampos pra compor uma renda depois que você passa anos se formando pra um mercado que não existe? A gente sabe o resultado disso, quem vai conseguir perserverar etc etc.
Eu não acho que tem que se assumir uma postura cínica, não acho que tem que se “desencorajar”. Acho que na real o que tem que acontecer é quem está dentro ao menos tentar entender o próprio mercado de trabalho que estão construindo e os problemas que estão reproduzindo.