O efeito dos sistemas de ensino na docência no ensino básico
Existe algum trabalho que investigue os efeitos da expansão dos “sistemas de ensino” (colégios que compram material didático e um “método”/apoio de um megaconglomerado que seus professores devem seguir) na força de trabalho docente no ensino básico?
Se não existe, por favor, alguém faça uma pesquisa sobre isso!! De preferência nos moldes do livro/tese “Sem Maquiagem” da Ludmila Abilio, pfvr.
Eu tenho uma suspeita que (em parte me permito pelo tanto que eu não domino do Capital) que existe aí uma transformação na composição orgânica do capital, em que o investimento sai da mão de obra do professor e se concentra na compra dos métodos.
Quando o professor não precisa sequer montar a sua aula ele de alguma forma tem seu trabalho degradado (poderia dizer que um aspecto dele é abstraído dele se quisesse usar essa palavra bonita). Mas de qualquer jeito, essa força de trabalho parece perder um elemento essencial seu.
Mas isso é muito pouco. E certamente é algo que não sei se se sustenta. Mas fico me perguntando se essa expansão dos colégios “por método” não acabam sendo um laboratório do que está por vir no campo da educação (mais do que ensino virtual ou coisas do tipo).