O caráter dissociativo da conversa na filosofia
Fico pensando se a gente não bota fé demais na escrita filosófica como meio mais adequado pra filosofia (e bem, não é ninguém dizendo, mas o fato de que toda filosofia que chega pra nós é mediada pela escrita) por conta da sua transmissibilidade fácil/enganosa.
Pensando muito nesse texto desde que li: https://t.co/sJ2Mq3B1iw?amp=1
Tenho pensado que a fala, pelo caráter dissociativo, pelo fato de que ela vai pra locais que nem sempre direcionamos, acaba sendo uma ferramenta mais interessante pra nos fazer pensar (pois pensar é, pra mim, também sair e si). A escrita é controlada *demais*, não se sai de si.
Pensando agora aqui, por conta de umas coisas que o Dolar fala sobre Freud (no Futuro de uma ilusão), se um dos casos dessa “falação” própria da filosofia não é descrita pelo Kant quando fala de razão. Que a razão kantiana é justamente uma das imagens desse pensar saindo de si.
A dialética transcendental é a razão indo pra análise?
Pensando isso a partir destas páginas de Mladen Dolar: