A miséria institucional da filosofia anglófona
Sempre adoro acompanhar a miséria institucional que é o mundo anglófono filosófico. É gostoso demais tirar os olhos da miséria específica daqui (uma versão periferizada da miséria da instituição filosófica francesa) pra ficar rindo em vez de ficar chorando.
É muito engraçado ver como as pessoas mais bem financiadas em filosofia do planeta não conseguem superar em influência nas esferas não filosóficas os franceses e alemães.
Isso pra mim aparece na forma como há uma recusa institucional enorme a quem não se conforma ou se traduz na gramática hegemônica desse local. É como se não valesse o pensamento que não se desse em termos diferentes.
Aí claro, no fim tudo fica bastante parecido por mais que as diferenças internas sejam enormes. Esse provincianismo seria menos problemático se ele não fosse expansionista e também não quisesse sufocar outras maneiras de pensar (seja exigindo tradução ou impedindo financiamento).