A centralidade da escrita na história da filosofia
Hot take: a filosofia é muito mais gramacêntrica do que fonocêntrica (justamente por conta do jogo de preservações que se dá pela escrita e que acabam limimando o caráter conversacional da filosofia — que quando muito aparece em diálogos petrificados).
Claro, posso amenizar esse take e dizer que quando acusam ela de fonocêntrica estão falando de outra coisa (e de fato). Mas ao mesmo tempo é só olhar a tradição. Pilhas e pilhas de texto enquanto toda elaboração enquanto fala desaparece imediatamente.
A própria atividade, nesse sentido, passa a se conceber a partir da mediação da escrita. Se no helenismo talvez a gente possa imaginar as coisas diferentes, parece que ao menos desde a modernidade a escrita determina a esfera do pensável.